Vem aqui,
Deite aqui,
Jogue suas tranças para mim
Encoste aqui,
Que eu quero ouvir
De um peito a tribal percussão
Do mais colorido pássaro de um ribeirão
E eu não esqueci
Quando Maria se pôs à sorrir
Suas meias no vidro embaçado do carro
Escrevem o nome de um pássaro
E suas asas eu pude usar
A última vez que eu pude voar
E agora chegou a hora de cair
Ela é Maria
Eu não sou João
Seria covarde pensar em prisão?
Fiz uma casa de barro
Pra ela morar em meu coração
E todos eles, rindo estão
Em cervas geladas no bar do Magrão
A lua minguante e o meu violão
Amando o sereno de um ribeirão
Seu corpo, um covil de um lobo e um ladrão
Roubou o que era importante senão,
A mesma trança que ao dia ela usa
A mesma corda que enforcou judas