Numa manhã de setembro ouço um alvoroço no potreiro
Cuscos acoando, lá da mata
Tem algo de estranho acontecendo
Vem chegando uma cavalaria , alguem grita; è a revolução
Encilhe o seu cavalo meu rapaz
E venha defender este teu chão
Notei uma ansiedade em seu rosto
E ele percebeu minha tristeza
Pegou a velha adaga do seu pai
E o crucifixo ali na mesa
Tirou o seu chapeu beijou-me mão
Meu coração em prantos se esvaia
E assim passou-se os anos quase eternos
Em que eu carreguei esta agonia
Mas eu ouço alguem bater na porta
Sinto que a esperança não esta morta
Quase não enxergo mais direito
Vejo uma medalha no seu peito
É meu filho. é um sonho ,meu filho
O meu coração não suportava mais sofrer
E eu queria vê-lo ainda antes de morrer
E a saudade que me pealou o coração
Vai embora , porque agora eu já tenho quem outrora se foi
Tirou o seu chapeu beijou-me mão
Meu coração em prantos se esvaia
E assim passou-se os anos quase eternos
Em que eu carreguei esta agonia
Mas eu ouço alguem bater na porta
Sinto que a esperança esta morta
Vejo uma medalha em suas mãos
E alguem me fala com emoção
Morreu seu filho, como heroi, seu filho
O meu coração não suportou tanta aflição
E eu fique olhando o crucifixo na mão
Então eu percebi que era sonho e ilusão
Porque o filho que eu amava não voltava
Não voltava não voltava não voltava
Não voltava não voltava