Nasci campeiro e me criei no galpão Junto ao fogo de chão Sorvendo um mate cedito Tudo que traço tá nas rodilhas do laço Isto é um pouco do que faço Desde os tempos de piazito. (Se a lida é dura dou um jeito de amansar Se até redomão ensino e consigo aconselhar Não me preocupo com potro que corcoveia Sovéu, mango nas “orêia" são maneiras de domar) Cresci ginete por esses pagos a fora Cortando potros de esporas Cumprindo minha vocação Faço da lida um meio de ganhar a vida E aporreado que duvida De vereda vai pro chão. Sempre que posso faço da buena lida Essência de pampa e vida Na qual mostro meu valor São artifícios e andejo de um peão de estância E hoje tenho como herança A sina de domador.