Quando eu descobrir o segredo
Da neblina cinzenta
Que torna a água barrenta
E sem perdão me esmaga o peito
Quando se levantar de repente
A névoa que cobre o rio
Que gela tudo de frio
Escurece a corrente
Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando
Quando eu apanhar finalmente
O barco para a outra margem
Outra que finde a viagem
Onde se espere por mim
Terei, terei mais uma vez forças
Para enfrentar tudo de novo
Como a galinha e o ovo
Num repetir de desgraças
(Refrão)