Tenho saudade dos tempos bons de outrora
Quando eu vivia lá fora, na Fazenda do Branquilho
Co´a minha gaita, a minha faca prateada
A minha gaúcha amada,
senhora mãe de meus filhos
Com elas treiz, sempre em minha companhia
Vivo cheio de alegria, sou um gaúcho feliz
E a minha faca, que eu carrego na cintura
Conhece as minhas bravura , pelas peleias que fiz
Minha cordeona, sempre boa e afinada
Não é gaita pianada, é sanfoninha singela
Mais para mim, contém diversos valores
Porque muitos trovadores, já surrei tocando nela
Minha gaúcha, um anjo que Deus me deu
Ela por mim já sofreu, Mas ainda me admira
Quando ela ouve, eu no rádio estar cantando
Fica quietinha escutando e de saudade suspira
Até a faca que em alguns anos atraz
Tinha trabalhos demais, está descançando agora
Mas quando enxerga o churrasco e a farinha
Corcoveia na bainha, querendo sair pra fora
Eu hoje velho, com o meus cabelos brancos
No improviso eu sou franco, a rima nunca faltou
Graças a Deus canto com facilidade
Porém me resta saudade do tempo bom que passou