E era um fogo nas ventas
E a alma que incendiava
E eu mergulhava nas águas
E pela grama rolava.
E o fogo queimava
E a sede matava
E a chuva lambia
Meu corpo e vestia
De luas. . .
Clarão, clareia fogueira,
No peito um escarcéu,
No olhar, a luz do horizonte,
Na boca, favos de mel.
E o riso aflorava
E a força brotava
Sangrando energias
Nas horas vadias
Nas ruas. . .
Na cachoeira da vida,
Na repontada do amor,
Jogava contra o destino,
No laço apresava a dor.
Teus olhos, vigias
Das noites e dias,
Teu colo meu berço,
As mãos eram terços
Nas tuas. . . aaah, aaah