Vejo no horizonte um velho sonho
Vindo se concretizar
Sonho louco de estrelas
Se inclinando para o meu lugar
Vejo o quanto estou mais velho
Os olhos negros para disfarçar
É tão duro ver o ímpio
O tempo todo, todo, prosperar
E agora os meus irmãos
E agora os meus irmãos aqui
Quando a chuva corre pra montanha
Logo o arco íris sai
Lembro-me da túnica de cores
Um presente do meu pai
Penso então no quanto que chorou
Quando perdeu os meus sinais
Deve ter rasgado as vestes
Deve ter lamentado demais
E agora os meus irmãos
E agora os meus irmãos aqui
Da cova pra prisão
Do cárcere pro trono
O dom da interpretação
Me fez segundo dono
Vejo os sete anos que passei
Arquitetando a provisão
O esquecimento do copeiro
Amordaçado na prisão
Vejo o passado tão prostrado
Por um pedaço de pão
Da pra alimentar a humanidade
Com essa minha lição
E agora os meus irmãos
E agora os meus irmãos aqui
E agora os meus irmãos
E agora os meus irmãos aqui