Caminha em frente e protege o rosto do vento que cega e trás memórias com gosto de câncer e lágrimas. Quem me dera pudesse ele me levar pra longe agora que nada existe aqui além da doença faminta no ar. R A grande união se desfez, E mas não me deixe outra vez F queimar acreditando que nada iria ferir estes R olhos, cansados de sangrar à por todas vezes que espadas O e milagres tornaram meu vinho em veneno para ratos. INTRO Enquanto nos porões destas fábricas nosso suor move as máquinas, a fumaça cinza apaga o sol, e então saímos pra recolher os restos por baixo da fuligem. Por favor não me deixa ver que nós trocamos nosso sangue por migalhas e que não há mais abrigo pra se proteger agora que a noite não tem fim. Segura forte minhas mãos e diz que amanhã vamos acordar e nosso leito não vai estar tão sujo e frio... INTRO