O tempo vive falando
Que eu dê um jeito
Nas gavetas do meu coração
Diz, que eu me enganando
Vou lembranças guardando
Em envelopes de desilusão
Eu sei, guardo sonhos, desamores
Guardo enredos, desfavores
Guardo adeuses que eu não dei
Arquivo beijos ensaiados
Sorrisos moucos e forçados
Horas eternas que eu esperei
O tempo vai avisando
E a gente vai se esquivando
Dos conselhos dessa boa ação
E assim mesmo, a gente insiste
Em guardar coisas tristes
Nas gavetas do coração