Flor, você que me nasce amor
Você que me mal ou bem me quer
Você que me o que você quiser
Você, que será
Que virá verde quiçá
Que virá ver me ou desviar quiçá
Desvelar, mistérios em estéreo ópticos, sensação
De shangri-sei-lá-o-que
Nem onde você se esconde, flor
E eu me sentindo do lado avesso
Te provo a língua
Até chegar do outro lado alado ao lado seu
Ao lado seu
Seu
Acaricio as tuas sobrancelhas com meus lábios inertes
E com meus dedos sou descobridor
Dos sete amares
Dos sete amares
Flor, deusa queira
Me livrar
De frieiras financeiras
De mórbidas rotinas de escritórios-purgatório
Nesse imenso velório da imaginação
Queira me livrar disso tudo
E me prender à você
Num dissonante fuso horário
Até que a morte
Venha nos provar o contrário
Vira essa boca pra cá
Eu quero te morder o beijo
A tua beleza é de dar água nos olhos do meu desejo
Do meu desejo