Num Picaço tranqueador Com garbo de capataz E entono de domador A natureza sorria Com um aroma encantador E eu floreava uma copla Nos flecos do tirador Uma garça branca voava No azul do céu tão bonito Parecia a mão de Deus Me acenando do infinito Um pé de maracujá O mato inteiro perfumava E um sabiá cantava triste Zunia uma mamangava E um sabiá cantava triste Zunia uma mamangava E eu me ia assobiando Num Picaço tranqueador Com garbo de capataz E entono de domador A natureza se abria Como se abre uma flor E eu espantava uma pena Nos flecos do tirador E eu espantava uma pena Nos flecos do tirador No pelado do rodeio Enquanto, ao tranco, eu me ia Um touro Pampa berrava E uma mãe chamava a cria Na cabeça de um palanque Como um punho bem erguido Um João de Barro trabalhava Fazendo um baita alarido Na sanga perto da estrada Talvez, remoendo mil mágoas Uma China lavava roupa Ouvindo o canto das águas Uma perdia que alçou voo Quase que assusta o meu pingo E o Sol se banhou no açude Pra ir bolichear o domingo E o Sol se banhou no açude Pra ir bolichear o domingo E eu me ia assobiando Num Picaço tranqueador Com garbo de capataz E entono de domador A natureza se abria Como se abre uma flor E eu espantava uma pena Nos flecos do tirador E eu espantava uma pena Nos flecos do tirador E eu espantava uma pena Nos flecos do tirador