Letra de
Estrada Nova

Presa às argolas do freio
Passando por traz das orelhas do pingo
A inspiração tenteia na boca das horas
O focinho do tempo
Solta no meio do mato
É clareira perdida campeada nos versos
De alguma poesia curtida pra fora
Planchada de lado
Pode estar na ressolana, resguardada de vento,
Ressabiada de inverno acostumada ao berreiro,
De algum novilho tambeiro nascido de vaca mansa
Pode estar nas campereadas num toso de cola e crina,
Numa tropilha gateada, num mate de boas-vindas,
Num trotezito chasqueiro pelas quebradas da vida
(Então tá, devagar, que a estrada é nova
E a inspiração um lugar
E a geada quando o vento levanta
É dia de encarangar!)
Int.