Letra de
Estória de Um Prego

Declamado
Meu filho, vem cá, corre! vem sentar aqui comigo
Naquele prego eu já pendurei meu laço,
O arreio do Picasso, cavalo de estimação;
E um par de esporas que custou muito dinheiro
E o chapéu de boiadeiro que eu lidava no sertão.
Naquele prego pendurei muito cansaço,
Muito suor do mormaço e poeira do estradão;
E quantas vezes minha mágoa pendurei
Sentimentos eu guardei pra não magoar teu coração.
De agora em diante vou tirar dele meu laço,
O arreio do Picasso e as esporas vou guardar.
Naquele prego pendure uma sacola
Cheia de livros da escola e vontade de estudar;
Quando amanhâ você estiver aqui sentado
Lembrando nosso passado olhando o prego pioneiro,
Quero que seja um doutor bem afamado
E diga sempre em alto brado sou filho de um boiadeiro!