O que eu mais gosto nessa moça
É que todo dia ela se reinventa
E toda noite põe pimenta
No caldo de carícia é muito boa
Na rua do meu quarto tira a roupa
Calcinha na varanda ela não tem vergonha
Na praça da moral fuma maconha
Ôh mãe, no laço de saliva ela me tem na boca
E o que eu mais gosto nessa moça
É o tanto quanto ela me lembra
E o quanto ela afugenta
Pra fora da memória, longe do juízo
Eu juro que acredito
No que ela me diz ser verdade
Abaixo a falsa moralidade
Ôh mãe, colada no meu colo, dela eu não abdico
Ôh ôhuôh ôh mãe
Ôh ôhuôh ôh dela eu não abdico não
Ôh ôhuôh ôh mãe
Ôh ôhuôh ôh dela eu não abdico não
E o que eu desejo a essa moça
É que perpetue-se a vitalidade
Que a melhora venha com a idade
Que envelheça como o vinho
E eu não pretendo estar sozinho, não!
Mas aqui mesmo ao seu lado
Sonhando acordado
Ôh mãe, eu pressinto que um dia eu pagarei por isso
Ôh ôhuôh ôh mãe
Ôh ôhuôh ôh dela eu não abdico não
Ôh ôhuôh ôh mãe
Ôh ôhuôh ôh dela eu não abdico não
É o que eu mais gosto nessa mo-ça