Mais uma vez estou sozinho nessa rua
Ela se parece com a dos sonhos despedaçados
Bem no horário em que o sol encontra a lua
A composição de trens passa do meu lado.
Passa do meu lado!
Passa do meu lado!
As raízes sufocadas invadem a superfície
Os galhos parecem forcas, cabisbaixos, muito triste.
Os braços decepados da velha centenária
A inutilizam plantada na calçada
Plantada na calçada!
Plantada na calçada!
Plantada na calçada!
Planta na calçada!
O vigia finge ter alguma ocupação
É como estar no deserto e procurar água no chão
As casas de barro estão em todo lugar
Engenharia avançada pra humano copiar.
O cheiro de carniça às vezes reaparece
Dentro e um saco preto, animal apodrece
Os vasos recheados de comes e bebes
Bem no cruzamento, é alguém fazendo prece
Alguém fazendo prece!
É alguém fazendo prece!
Alguém fazendo prece!
Alguém fazendo prece!
Do outro lado da linha o quartel toca a trombeta
Os tambores, os gritos, a sinfonia perfeita
As casas, todas, super protegidas
Cerca elétrica, lança e câmera escondida.
E câmera escondida!
E câmera escondida!
E câmera escondida!
E câmera escondida!
Ponte
De manhã até que ela é agradável,
Mas à noite é sinistra, tipo os conto macabro
Aqui não tem fantasma, nem efeitos especiais.
Os trovões são de verdade e a maldade ainda mais.
Na hora de ir o desejo é não chegar
Na hora da volta eu queria é voar.
Atrasam o relógio em algum lugar lá perto
Pois o tempo não passa e aumenta mais o tédio
Aumenta mais o tédio!
Aumenta mais o tédio!
Aumenta mais o tédio!
Aumenta mais o tédio!
De manhã até que ela é agradável,
Mas à noite é sinistra, tipo os conto macabro
Aqui não tem fantasma, nem efeitos especiais.
Os trovões são de verdade e a maldade ainda mais.