Tenho no peito tanto medo, é cedo.
Minha mocidade arde, é tarde.
Se tens bom-senso ou juízo, eu piso.
Se a sensatez você prefere, me fere
Vem aplacar esta loucura, ou cura.
Faz deste momento terno, eterno.
Quando o destino for tristonho, um sonho.
Quando a sorte for madrasta, afasta.
Não: não é isto que eu sinto, eu minto.
Acende essa loucura, sem cura.
Me arrebata com um gesto, do resto.
Não fale amor, não argumente, mente.
Seja do peito que me dói, herói.
Se o seu olhar você me nega, me cega.
Deixe que eu aja como um louco, que é pouco.
No mais horroroso castigo, te sigo.