Era fácil desenhar o futuro em suas mãos
Sempre teve o que quis, nunca soube o que é não ter
Trata os outros como uma extensão do seu querer
Tem obsessão em nunca se abster
Fica como, com quem e quando ele quer, e ai de quem não quiser
A arrogância e o orgulho são seu nome e sobrenome
Carros, grifes, vinhos caros são aquilo que ele é
Era inútil avisar dos perigos da ambição
E buscou ser infeliz, aprender o que é sofrer
Tudo o que conseguia descobria não viver
E buscou se embriagar, se esconder e esquecer
Bares, falsas amizades, se envolvia numa vida esculpida em ilusão
Propriedades e promessas, mil devassas em travessas
Olhos tristes, passos largos, com destino à perdição
Vejam só a astúcia do rapaz
É possível tamanho atrevimento
Mermo vindo no lombo de um jumento
Faz o povo pensar que ele é demais
As cumade na cola do danado
O forró come solto lá no centro
Nunca vi tanto caba aperreado
"Esse fela da puta tá podendo!”
Já ficou bebo cego sem pagar
Da cintura da nêga não soltou
Com conversa que vem da capital
Pra fazer um trabalho social
É um corno passando por dotô
Esse caba safado, vai ter que morrer
Esse caba safado, vai ter que sofrer
Vai pagar os pecados
Vivendo um inferno no qual ele nunca acreditou
Esse caba safado, vai ter que morrer
Esse caba de pêia, ele vai se foder
Vai pagar os pecados
Engolindo no seco o pão que o diabo amassou