Por um amor ingrato meu peito queimou
Foi um olho de gato que a chama da dor riscou
Que nem um fogo fátuo a brasa se alastrou, ô
Meu coração do mato então se incendiou
Depois da labareda meu peito secou
Mas em cada alameda um grão de pó do chão brotou
Veio o bicho da seda e fez rendas de flor, ô
E o coração vereda então reverdejou
Coração, sertão sem fim
Outra vez se encheu de cor
Floresceu dentro de mim
O pé de um novo amor