Mora na beira do rio. Mora na beira do rio.
O velho que vem no sereno, depois vira vento, depois vira rio.
Conta a história no rio. Conta a história no rio.
Mas quando quer virar gente, ele vira serpente e vai seguindo o rio.
Mora na beira do rio. Mora na beira do rio.
Fica sentado na pedra, depois vira queda d'água e gera o rio.
Mora na beira do rio. Conta a história no rio.
Basta ele apontar o dedo pra sumir o medo e aparacer caminho.
Ele mora no tempo além do tempo.
Ele vive na vida além da vida.
Ele fala do amor além do amor.