Sexta-feira a noite, eu e mais um Companheiro
Fomos tomar chope num boteco, sem dinheiro
E passamos o tempo, contando histórias sem parar
Tinha tanta gente que não era brincadeira
Tinha gente boa, mas também tinha tranqueira
Teve um arrasta-pé, um bailão do bom pra danar
Foi quando o seu Mané, o proprietário lá do bar
Disse: Companheiro está na hora de fechar
Que eu me lembrei, que eu já não tinha um tostão
(refrão)
Já que os cês não tem dinheiro
Limpa esse boteco, lava esse poleiro
Limpa tudo Companheiro
Limpa tudo Companheiro
Já que os cês não tem dinheiro
Limpa esse boteco, lava esse poleiro
Limpa tudo Companheiro
Lavei os dois banheiros e os copos enxuguei
Ai meu Deus que fria eu me enfiei
Eu só queria era saber, que horas que aquilo ia
acabar
Olho para o lado e o meu amigo no escovão
Enquanto o seu Mané segurava um três-oitão
E ia repetindo, prejuízo hoje eu não levar
Eu tava tão cansado, que era coisa do outro mundo
Ai meu Deus, como é bom ser vagabundo
Só de raiva eu vou deixar, minha casa um mês sem
Limpar
Já era madrugada e o serviço estava feito
Eu e meu amigo deixamos tudo no jeito
Foi quando um ladrão entrou no boteco do seu Manoel
Disse: Mãos ao alto, todo mundo pra cozinha
Mas, eu e o meu amigo se escondêmo atrás de uma
mesinha
E quando ele saiu, a cadeira nele eu quebrei
Antes caloteiro e agora um bom freguês
Aqui nesse boteco, sou tratado com um rei
Mas, com uma diferença, nós não precisamos mais pagar
Manoel disse: Toma todas Companheiro
Nem precisa de dinheiro
Salvaram o meu boteco, livraram o meu dinheiro
Toma todas Companheiro
Nem precisa de dinheiro
Salvaram o meu boteco, livraram o meu dinheiro
Toma todas Companheiro, eah!, eah!