Quando o ronco feroz do carro pipa, cobre a força do aboio do
Vaqueiro
Quando o gado berando no terreiro, se despede da vida do peão
Quando verde eu procuro pelo chão, não encontro mais nem mandacaru
Dá tristeza ter que viver no sul, pra morrer de saudades do sertão
Sei que a chuva é pouca e que o chão é quente
Mas, tem mão boba enganando a gente, secando o verde da irrigação
Não! Eu não quero enchentes de caridade, só quero chuva de
Honestidade
Molhando as terras do meu sertão
Eu pensei que tivesse resolvida, essa forma de vida tão medonha
Mas, ainda me matam de vergonha, os currais, coronéis e suas cercas
Pensei nunca mais sofrer da seca, no nordeste do século vinte e
Um
Onde até o voo troncho de um anum, fez progressos e teve evolução
Sei que a chuva é pouca e que o chão é quente
Mas, tem mão boba enganando a gente, secando o verde da irrigação
Não! Eu não quero enchentes de caridade, só quero chuva de
Honestidade
Molhando as terras do meu sertão
Israel é mais seco que o nordeste, no entanto se veste de fartura
Dando força total a agricultura, faz brotar folha verde no deserto
Dá pra ver que o desmando aqui é certo, sobra voto, mas, falta
Competência
Pra tirar das cacimbas da ciência, água doce que serve a plantação
Sei que a chuva é pouca e que o chão é quente
Mas, tem mão boba enganando a gente, secando o verde da irrigação
Não! Eu não quero enchentes de caridade, só quero chuva de
Honestidade
Molhando as terras do meu sertão
Sei que a chuva é pouca e que o chão é quente
Mas, tem mão boba enganando a gente, secando o verde da irrigação
Não! Eu não quero enchentes de caridade, só quero chuva de
Honestidade
Molhando as terras do meu
Sertão