Letra de
Celeiro

Um português de Lisboa
Viajava à toa e onde já se viu?
Parou, gente boa, cá no Brasil
E viu pelo ar lindos saltos
De um povo a pedir um gol
E viu as canções de Elis
Nas estrelas a se espalhar
De puro arrepio num doido navio
Do céu andar
Os tais lindos vícios
E os versos Vinícius sentiu brilhar
E um louco poeta ufanista
De vista conhece um par
E viu Pixinguinha
Compor as canções que o vento não dá
E todos os loucos profetas
Da cabala tropical
Escrevem seus textos
Pretextos mais loucos pro carnaval
E viu a gaivota imitando Garrincha
A driblar o mar
E viu o olhar de Cartola
Na bola da lua
As rosas não falam apenas exalam
O que faltar
Pra que sobre um louco celeiro
Pro mundo quando acabar