João não tem profissão
João não sabe um ofício sequer
João não tem casa própria
João não tem profissão não
João não sabe um ofício sequer
João não faz parte da história
Vivendo num casebre, no pólo industrial
A indústria não aceita quem não tem segundo grau
A fome apertando, a filharada gritando
E a mulher do João que era crente
E de tanto rezar ficou descrente
Olha o desemprego, olha o desemprego
Olha o desemprego rondando a casa do João