Se eu largar eu sinto a sua falta
Se eu agarro ela perde a cor
Ela não é dos meus dedos
É dos meus medos
E faço-me passar por uma flor
Tento imaginar o que ela diz
À espera de aprender
À face da rua existe a lua
Mas não é tua
À margem da estrada não há nada
Mas já te agrada
Tu és o teu mundo
Tu és o teu fundo
Tu és o teu poço
És o teu pior almoço
És a pulga na balança
És a mãe dessa criança
És o mal
És o bem
És o dia que não vem
Agora pára de fazer sentido
Não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora paras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
( a partir daqui é sempre igual )