Eu me sinto como um costureiro boliviano no Braz
Andando atrás da minha própria projeção no chão
Em sua pobre percepção de leitura sobre a vida
E eu continuo queimando, queimando e queimando
Andando pelas calçadas com o sol na mão
Atravessando as ruas em que as mesmas ruas se atravessam em suas
Sujas, turvas mudas as calçadas mudam
E ninguém passou por aqui ontem, hoje antes de mim
Você passou em casa e eu não atendi
Eu só respiro pó, de ser quem não seja certo
Um imigrante ilegal com o coração derretendo no sol
(Intro)
Eu vejo dias que demoram pra passar
E meses que voam como um saco plástico em um céu aberto
E um turbilhão de ventos multidirecionais
Eu demoro pra entender isso é natural de mim
E ninguém passou por aqui ontem, hoje antes de mim
Você passou em casa e eu não atendi
Eu só respiro pó, de ser quem não seja certo
Um imigrante ilegal com o coração derretendo no sol (3X)