Letra de
Bem dos Homens

Há um rito, num lago
No escuro na mata
Alguém conta os teus pecados
E te fura os olhos
O que testa olfatos diz as rezas que valem
Por tua sorte ou viés
Um é louco de pedra
Outro, meio demente
O que filma mira o teu porte
É incisivo no corte
O que afaga no dia
É o que te castra na noite
Pelas tuas trilhas internas
Brinca com a tua sorte
E te afligem
As dores, e os cortes
As marcas
Circule nos dias
Ranhe as unhas nos muros
Exponha teu dorso pro mundo
Nesse açoite profundo
Que o povo te jura és adorado nas ruas
Filme tudo, todo dia
ra nunca esquecer estes cortes
Vagueie nas noites
Detone a droga do mundo
Movimente teu rosto no espelho
Quem sabe as marcas se encolhem
Acordado, assuste
E baseado na lua
Fume tudo, todo dia
Pra tentar esquecer tua morte
Mas espere
As dores, e os cortes
As marcas
A fome
Perdido, escondido, rendido
Reze! E mantenha distância
De si mesmo e do teu eu
Ele diz: viver é bem simples
Tua dor é só circunstância
É o que te resta, é o que é teu
É bem dos Homens
As dores
Os cortes
As marcas
A fome
Tuas dores
Teus cortes
Tuas marcas
Tua fome