Quando chegar ao fim a minha vida
Toda cheia de curvas e de dobras
Ah! Não contes Senhor as minhas obras
A ver se a recompensa é merecida!
Minhas boas ações apenas sobras
Eu fui um fari----seu: minhas manobras
São ruínas em pó, massa falida
Quando chegar ao fim destes meus dias
Sei que terei as minhas mãos vazias
E a túnica bem rota de um mendigo!
E por saber que tudo logo passa
Eu me abandono inteiro à tua Graça
Pois só o Amor eu levarei comigo