Ele pegou o baio e como um raio sumiu no atalho
Na algibeira tinha um retrato e um baralho
Na frente nada, atrás poeira, atrás porteira
Atrás da Rita, que anda bonita, que anda bebendo
Que anda correndo atrás do tempo e dos rapazes
Que eram capazes de ir a fundo, de dar o mundo lhe dar o brilho
Que as mulheres têm quando casam e lhes dão filhos
Tava perdido, mas é sabido, que nessas horas
Só os amigos são quem socorrem, José de porre
Ta de mal feito, Antônio morre daquele jeito
Tão novo ainda deixou Bem-vinda que era linda pro Zé Calixto
Que era mal visto por todo lado ladrão de gado
Ganhou dinheiro, virou posseiro, montou garimpo
E anda limpo, perdeu o cheiro que têm os homens
Quando trabalham e na tocaia é o que se fala
Que aquela bala era pra ele não pro parceiro, o violeiro
Que andava a esmo e era mesmo bom companheiro
E já que agora ta tudo fora, tudo partido
E sem sentido não faz sentido ter na algibeira
O seu retrato, o seu baralho, é ele e o baio e nada mais
Aquela bala era pra ele não pro parceiro, o violeiro
Que andava a esmo e era mesmo bom companheiro
E já que agora ta tudo fora, tudo partido
E sem sentido não faz sentido ter na algibeira
O seu retrato, o seu baralho, é ele e o baio e nada mais