Ele pegou o baio e como um raio sumiu no atalho
Na algibeira tinha um retrato e um baralho
Na frente nada, atrás poeira, atrás porteira
Atrás da Rita, que foi bonita, que anda bebendo
Que anda correndo atrás do tempo e dos rapazes
Que eram capazes de ir a fundo, lhe dar o mundo lhe dar o brilho
que as mulheres têm quando casam e lhes dão filhos
Tava perdido, mas é sabido, que nessa hora,
só os amigos são quem socorrem, José de porre
tá com mal feito, Antonio morre daquele jeito
tão novo ainda deixou Benvinda que era linda pro Zé Calixto
que era mal visto por todo lado ladrão de gado.
Ganhou dinheiro, virou posseiro, montou garimpo
e anda limpo, perdeu o cheiro que têm os homens
quando trabalham e na tocaia é o que se fala que aquela
bala era pra ele não pro parceiro,o violeiro que
andava a esmo e era mesmo bom companheiro
E já que agora tá tudo fora, tudo partido
e sem sentido não faz sentido ter na algibeira
o seu retrato, o seu baralho, é ele e o baio e nada mais.
Repete o verso
nada mais.
Transcrito por LesPfeils ? 05/07/2009