Quando se deu o teu céu anuviou
Minha estrela lá no céu, meu barquinho de papel
O teu nego o mar tragou
Na caçamba pôs o fel, amargando todo mel
Não valeu nosso Senhooor
Dessa corte fui o réu, que o destino condenou
Pode dar, pode dar sede, pode até me definhar
Mas segura essa desfei ta permaneço no lugar
Tá doendo, pra chorar (chorar)
As vezes me desconcerto, mas não vou me sujeitar
Que essa nega vadia tão fria um dia podia ser minha
Com ar de bobinha, cara de santinha
Invadiu o barraco e ganhou Sansão
O herói de esperto pagou de boneco ficou inquieto
Ao levar Dalila pra baixo do teto
Não pensava em levar chifre de comissão
Tá que tá tá doendo pra chorar chorar
As vezes me desconcerto, mas não vou me sujeitar
Tá que tá tá doendo pra chorar chorar
As vezes me desconcerto, mas não vou me sujeitar
Que essa nega certinha do Hall ao banheiro da sala à cozinha
Ela sempre trazia tudo arrumadinho
E pro quarto me vinha cheirando alazão
Mas foi diferente a nega atacava de sabão de coco
A nega rodava bolsinha na praça do Toco
E sempre me vinha um novo palavrão
Tá que tá tá doendo pra chorar chorar
As vezes me desconcerto, mas não vou me sujeitar
Tá que tá tá doendo pra chorar chorar
As vezes me desconcerto, mas não vou me sujeitar