Na casa onde ela mora
Na tábua do seu portão
Desenhei o nosso nome
Dentro de um coração
Declarei meus sentimetos
E quem passa por aqui
Vai saber quem é o dono
O amor que mora ali
É um anjo loiro
Dos cabelos cacheados
Um metro e setenta e cinco
Meu pedaço de pecado
É uma paixão
Que rasga o peito pelo avesso
Trinta e cinco de cintura
Cem por cento que eu conheço
Ai, esse amor me mata
A saudade dói, solidão corrói
A paixão maltrata
Ai, entrou no meu peito
Feito um passarinho, fez o seu ninho
E não tem mais jeito
Eu sou do tipo que ainda sai na madrugada
Mas não trai a sua amada num momento de ilusão
E no amor eu sou do tipo de homem
Que ainda perde a fome quando sofre de paixão
Eu sou do tipo que se diz fora de moda
Mas isso não me incomoda quando se sabe o que quer
Eu sou do tipo que ainda escreve poesia
E faz amor todo dia sempre com a mesma mulher
Eu sou um dos últimos dos apaixonados
Do tipo que ainda faz serenata prum grande amor
Se o romantismo ficou no passado
Posso ser careta, até antiquado, ser o que for
Eu sou um dos últimos dos apaixonados
Em cada mil existe um igual a mim
Pode até falar quem quiser que eu sou quadrado
Mas quando eu me entrego
Numa paixão eu sou mesmo assim