Todas as coisas do mundo
Fazem parte de um outro mundo oculto
Onde a dor e o riso estão inseridos
Por mais que não se vejam nem se toquem todo dia
Todas as vezes que eu vejo e guardo segredo
Confesso a mim mesmo
que vejo em todas as coisas do mundo seu lado oculto
que nem todas as pessoas podem ver
Porque quando se está no meio da multidão
Não se tem noção de quantos quarteirões estão ocupados
Pela massa que marcha e passa
Ofendendo vidraças com seu coração machucado
Nunca é tarde pra se descobrir a verdade
Mas nem sempre há tempo pra voltar atrás
Além dos olhos e da matéria
que se encerra no fim de um corredor bem iluminado
Posso ver coisas tão reais
Ainda que eu esteja de olhos fechados