Passa dia, passa noite
Sua ausência, um açoite
Que castigas, minha alma,
Faz sangrar
Já não nego, meus pecados
Mas não vou, ficar calado
Anti a ira dos algozes
Sem lutar
Vem
Com seu jeito angelical,
de Deusa-Amante
Vem praticar o seu perdão
Com um homem errante.
Vem te preciso, e demais,
A todo instante
Vem sentir, o prazer voraz de um
viajante
Eu te amo, tu me odeias
Tu és dia, eu lua cheia.
Mas não vou deixar barato minha dor
O meu corpo ainda clama
É tão fria, minha casa, minha cama
És meu pasto minha água meu pavor.
Vem resgatar o que sobrou de um coração
Vem navegar na minha nave de paixão
Vem que não quero me perder na solidão
Vem que a vida sem você não tem razão