Quando eu vi que todos já rezavam
E outras mãos já se matavam
Quase todos se feriam
Quase todos se acabavam
Sei que nenhum deles esperava
O que a história lhes cobrava
E eram apenas uns selvagens
Que também não se benziam
E por isso um dia aquilo ia acabar
Me lembro das manchas pelos ares
Das covas sem lugares
Do sorriso que não tinha
Da terra que tremia
Do homem que escapava
Da sede que não matavam
Só não quero lembrar
Do herói que arrancaram de mim
Da poesia que não veio pra mim
Da minha louca vontade de falar de amor