Velho carreiro ao parar de carrear, pra sua filha o comando ele entregou
A (E7)
Podia estar no lamaçal mais perigoso, bastava ela dar apenas um sinal
Pra se ouvir gemer cocão dentro do barro e os bois tirando o carro do terrivel pantanal
Somente a moça a boiada obedecia, sem o seu grito o velho carro não saia
Somente a moça a boiada obedecia, sem o seu grito o velho carro não saia
Um dia a moça adoeceu e aqueles bois, outro carreiro não queriam respeitar
A (E7)
Até que um dia sem ouvir a voz da moça, puxaram o carro passos lentos pela estrada
A (E7) (D) (A)
Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois
Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois
Daquele dia tudo se modificou, tanta tristeza tomou conta do lugar
A (E7)
De sentimento por perder a companheira, foram morrendo um a um pelos currais
Quem somos nós pra entender tamanha dor, como cabe tanto amor nos corações dos animais
Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além chamando os bois
Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além chamando os bois