Malandro de muita arte, que roubou a vida inteira
Parecia homem de Marte, lambari da corredeira
Embrulhou por toda parte a policia brasileira
Parecia o Malazarte, carregou água em peneira
Um rato de muita arte, sem cair na ratoeira.
Malandro pintou o sete, fez ponta de canivete virar bico de chaleira
Era liso igual quiabo, não falhava um truque seu
Soldado, sargento e cabo, na poeira se perdeu
Pegou gato pelo rabo, e como lebre vendeu
Embrulhou até o diabo, que na frente apareceu
Era um cascavel dos bravos, bote errado nunca deu
Malvado e desumano, embrulhou até cigano que com ele se envolveu
Na capital de São Paulo o malandro apareceu
E dando uma de galo, a mão no peito bateu
Para pisar no meu calo, quero ver quem nasceu
Não vou cair do cavalo, rei dos malandros sou eu
Não pode cair no pialo, quem com classe aprendeu
Os delegado só prende, malandro que não entende, que não foi aluno meu
Vestido de militar mulher rica conseguiu
Hoje eu vou me casar, até o padre vai cair
Não era flor de cheirar o padre que estava ali
Você não é militar, há tempo te persegui
Aqui nos pés do altar, sua fama vai sumir
Você é um malandro otário, eu também não sou vigário, sou delegado Fleury