Tom: C
Introdução:
C
Vida dura, meu Deus que pendura
G
Eu não faço loucura mas me sinto mal
Passa um mês, passam anos e anos
C
E a coisa não muda tá sempre igual
O salário do jeito que tá
G
Já deixei de comprar miudeza em geral
F C
Fico brabo feito uma cobra
G C
E no bolso não sobra um bendito real
C
Fim de mês eu recebo o salário
G
E de novo eu saio pras conta acertar
Mês passado eu paguei o mercado
C
Esse mês eu não pago, vai ter que esperar
A quitanda, a farmácia, o barzinho
G
Eu reparto um pouquinho pra ninguém chorar
F C
Não paguei nem o dízimo na igreja
G C
Gastei com cerveja Deus vai perdoar
C
Desespero é quando acontece
G
Que alguém amanhece meio doente
Se a doença mata devagar
C
O valor da consulta mata de repente
G
Então vai la pro INPS nem bem amanhece tem 30 na frente
F C
O doutor na cadeira se ajeita
G C
Rabisca a receita e nem olha pra gente
C
Fui atrás de um rabo de saia
G
Pra quebrar o estresse dessa vida cruel
Pernoitei com uma moça tão linda do cabelo preto
C
E os lábios de mel
G
Numa noite de pura urgia eu me divertia fazendo escarcéu
F C
A alegria durou só um pouquinho
G C
Voltou o chequinho que dei no motel
C
Passa o tempo tudo permanece
G
Não acontece nada de novo
Poderoso come estrogonofe, a mistura do pobre
C
É um pedaço de ovo
Quando escuto um governo falando
G
Que tá preparando, um pacote novo
F C
Se prepare compadre e comadre
G C
Lá vem mais pimenta nos rabo do povo