Tom: B
Introdução:
E
Cada palavra que eu canto tem cheiro de terra e pasto
F#m
E a melodia dos bastos num doradilho estreleiro
B7 A
Rimo carona e baixeiro, com pêlo e lombo suado
F#m B7
E assino o nome do lado, com um par de espora campeiro...
E
Ajeito um toso na crina, na cola só aparo "as ponta"
F#m
E a tradição já me aponta que eu ate de quatro galho
B7 A
Pra mim nem é mais trabalho, as madrugadas de encilha
F#m B7
Quem bem cedo se enforquilha, acha melhor os atalho...
E F#m
Sou verseador de campanha, tenho a palavra ligeira
B7 E B7
E um sotaque de fronteira, cinchado de argumento
E F#m
Eu me afino qual tento, quando a cordeona se assanha
B7 E B7
Ainda mais se uma canha, adoça o meu pensamento...
E
De à muito venho cantando aquilo que sei e penso
F#m
Não sei se a cor do meu lenço, rima com a boina tapeada
B7 A
Meu lápis ponta quebrada, já fez mil versos de amor
F#m B7
Me garanto verseador, me aponto e volto pra estrada.
E
Eu li num livro estes dias, umas palavras bonitas
F#m
E atei com laço de fita pra entregar pra minha prenda
B7 A
Nestes versos de encomenda deixei um beijo pra ela
F#m B7
Que me acenou da cancela, quando eu chegava na venda.
E F#m
Por este mundo de Deus, já cruzei tanta biboca
B7 E B7
Que vez em quando alguém toca meus versos n'algum galpão
E F#m
Escuto o som de um violão dedilhando só nas prima
B7 E B7
E vou encordoando as rima, pra o causo de um milongão...