Tom: G
Introdução: C G C F G C G C F G C
C
volteei" uma recolhida
Dm
Pra "emangueirá" uma eguada
G
Apartei pra os meus "arreio"
E Am
Uma baia pampa encerada
Apertei bem no sovaco
Dm
Pelegão e cola-atada
G
Quem me conhece, "carcula"
E Am
"escramucei" só por fula
G C
Para honrar a pataquada.
C
Me criei pelas estâncias
Dm
"fogoneando" as madrugadas
G
Cortando churrasco gordo
E Am
Mateando com a peonada
Lida e briga não me assusta
Dm
Enfrento qualquer parada
G
Potro e macho não se adula
E Am
Me provocam e só por fula
G C
Eu não refugo a bolada.
F Am
Chapéu tapeado na testa
E
Tirador fímbria atorada
Bombacha feitio da zilá
Am
Poncho baeta encarnada
Pala de lã para o frio
A7 Dm
De seda para as pacholeadas
G
Só por fula e desaforo
E Am
Só ando em pingo crioulo
G C
Ou potro de boca atada.
G C F G C G C F G C
C
Eu sou do cerro do ouro
Dm
A minha querência amada
G
E uso o nó federal
E Am
Da pátria "maragateada"
Já escorei muita rusga
Dm
De boca braba entaipada
G
Só por fula, quebro a cola
E Am
De algum índio gavola
G C
Metido a venta rasgada.
C
Me destorço na pecuária
Dm
Em várzea e pampa dobrada
G
Tosquio chibo, aparto tropa
E Am
Descoleio a cordeirada
Paro o rodeio e curo rês
A7 Dm
Em maio faço tropeada
G
Junto as "plata" e só por fula
E Am
Gasto uns quartos de lua
G C
Floreando as "boca pintada".
F Am
Serviço não me aborrece
E
Não sendo em cabo de enxada
Estendo cerca e arame
Am
Insemino a novilhada
"bóco" na changa por dia
A7 Dm
Empreito qualquer pegada
G
Só por fula até de artista
E Am
Me atrevo "às vez" de letrista
G C
Fazendo trova rimada.
F E
Só por fula, eu abro o peito
Am
Sou maragato e não chimango
G
Danço de espora bem grande
C
Chapéu de aba larga, prateada e mango
F E
Num floreio com a mais linda
Am
Só por fula corto um tango
G
Me apresento para as "guria"
E Am
Só por fula e pulperia
G C
Que eu sou dono do fandango.