Tom: A
Introdução:
A E7
Tão pequeno eu deixei meu sertão pra viver de ilusão como fui infeliz
A
Lutei muito pra ser cidadão, mas o meu coração eu confesso não quis
A7 D
Só deus sabe como estou sofrendo e o quanto me arrependo de tudo que eu fiz
A E7 A
Tão menino cai no abandono pensando em ser dono do próprio nariz
A E7
Que saudade da escola na tenda, e os bailes de fazenda que tinham nas beiras
A
Da tuia feita de pau à pique e do velho alambique de pinga caseira
A7 D
Até hoje trago na lembrança a saudosa infância e as artes sadias
A E7 A
Tinha paz, tinha tranquilidade e a felicidade, porém não sabia
A E7
O papai chegava do roçado e mesmo cansado era sorridente
A
Se sentava na porta da sala, pegava a viola e cantava com a gente
A7 D
A mamãe preparava o jantar sempre com o paladar refinado que tinha
A E7 A
Como eu era o caçula da casa, a cocha e as asas do frango eram minhas
A E7
Todo dia santo era comum se guardar o jejum até o meio dia
A
Como já era tradição, fazia uma oração e depois se servia
A7 D
Sempre quando sobrava uma renda, papai lá na venda ia molhar a guela
A E7 A
Era um doce pra cada menina pra mim tubaína e pão com mortadela
A E7
Hoje quando eu fecho os meus olhos, padeço e choro um triste lamento
A
E me sinto como um boi de corte esperando que a morte me traga acalento
A7 D
A saudade dói no coração, mas parece um ferrão machucando o meu peito
A E7 A
Peço à deus que um dia permita findar minha vida lá no pé do eito