Tom: C
Introdução:
C
De que me adianta viver na cidade
G
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
C
Lá pro meu sertão eu quero voltar
F
Ver a madrugada, quando a passarada
G
Fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão
F C
Cortando o estradão saio a galopar
F G
E vou escutando o gado berrando
C
Sabiá cantando no jequitibá
C
Por nossa senhora, meu sertão querido
G
Vivo arrependido por ter te deixado
Esta nova vida aqui na cidade
C
De tanta saudade, eu tenho chorado
F
Aqui tem alguém, diz que me quer bem
G
Mas não me convém, eu tenho pensado
Eu digo com pena, mas essa morena
F C
Não sabe o sistema que eu fui criado
F G
Tô aqui cantando de longe escutando
C
Alguém está chorando com o rádio ligado
D
Viajando solitário
A
Mergulhado na tristeza
Numa curva da estrada
G D
Eu tive uma surpresa
Uma loira encantadora
A
Bonita por natureza
Me pediu uma carona
D
Eu atendi com destreza
D
Sentou bem pertinho de mim
A
Com muita delicadeza
A7
O meu carro foi o trono
G D
Eu passei a ser o dono
A D A D
Da rainha da beleza
D
Foi o dia mais feliz
A
Que o meu coração sentiu
Mas meu mundo encantado
D
De repente destruiu
Ao ver a loura tremendo
A
Gemendo e suando frio
Parei o carro depressa
D
Na travessia de um rio
D
Enquanto eu fui buscar a água
A
Que tão triste ela pediu
A7 G D
Ouvi cantar os pneus e me dizendo adeus
A D A D A D
Com meu carro ela sumiu
E B
Sou aquele canarinho que cantou em seu terreiro
A E
Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro
B
Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro
A E B E
Me levaram pra cidade, me trocaram por dinheiro
E B
No porão daquele prédio era onde eu morava
A E
Me insultavam pra cantar mas de tristeza eu não cantava
B
Naquele viver de preso muitas vezes imaginava
A E B E
Se eu "arroubasse" essa gaiola, pro meu sertão eu voltava