Tom: G
Introdução:
G C
Um dia desses fronteiro me larguei de alma bem vinda
G
rumo aos floreios de um rancho aonde mora minha linda.
Dm G C
meu pingo baio escarceia num tranco de madrugada
G
gasta distância de léguas, buscando o rumo e mais nada.
Dm
Um vento bom de saudade me assopra das laranjeiras
G C
me adoça a estrada comprida e por nada a vida inteira.
Am7 G Em
Meu coração de campanha parece que sabe a volta
Am7 D7 G G7
chega bem antes de mim, conhece o atalho e se solta.
C D7
Quem tem a alma nos olhos de uma florzita de campo
C G G7
faz das estrelas da noite um lume de pirilampo.
C D7
E junta o silêncio claro de basto, espora e barbela
C G
com um assobio compassado, sonando coplas pra ela.
G C
Pelo acalanto do vento de desce desde a coxilha
G
minha saudade se achega e assim no más desencilha.
Dm G C
Um mate é quase um saludo no doce-amargo de um beijo
G
pelo carinho das mãos e um jujo bom de poejo.
Dm
Trouxe de tiro esta lua num riso em quarto crescente
G C
só pra alumbrar os olhos negros da noite que cai silente.
Am7 G Em
Se enfeita minha primavera com a flor do meu rincão
Am7 D7 G G7
e um canto de chimarrita que encanta o meu coração.
C D7
Canto um romance fronteiro desses que a noite ainda encobre
C G G7
nos alvoroços de um pala minguado de rima pobre...
C D7
quedando a noite serena que prometia um abraço
C G
e ela de pala no ombro sonhando aqui nos meus braços.