Tom: C
Introdução:
C D7
Me conhecem por bom guitarreiro
G C
Desde Lavras até Encruzilhada
Gm
Tenho fama e um violão Tonante
C7 F
Que do sol, tem a tampa empenada.
Pego a tempo, lá fora, uns potro
C
Numa estância pra lá dos Engenho.
D7
Volta e meia me largo pro povo
G7 C
Num florão de gateado que tenho.
G7 C
Toco uns baile nos fim de semana
G7 C C7 B7 A#7
Quando prendem o grito pra nós...
Gm C7
Largo eu, num violão dedilhado
F
E o Maneco na gaita, e na voz...
D7
Dá de fato, uns baile bem bueno
G7
Onde as moça se enfeitam pra ir...
F C
E a peonada que vem de bem longe
G7 C
Gasta plata, pra se adevertir ...
F
Dia desses num baile que andei
C
Conheci uma morena trigueira.
D7
Eu toquei uma vaneira pra ela
G7 Gm C7
Que de longe me olhava faceira.
F
Quando foi já no meio do baile
C
Que um guri não froxava a morena
G7 C
Pára o baile e declama um poema
Quando eu vim da minha terra
C D7
Foi por nada, um santo remédio
G7 C
E a morena sentou bem ligeiro
F
Na outra marca, sô eu o primeiro!
E o Maneco depois do poema
C
Abriu bem a cordeona e o peito
D7
E tocou, umas milonga do Gildo
G7 C
Que apertei a morena com jeito.
G7 C
Cosa linda era nós dois na sala
G7 C7 B7 A#7
Num trancão pra durar toda a vida
Gm C7
E eu falei pra morena: -Me espera !
F
Que esse baile termina em seguida.
D7
Mas foi só eu voltar pro violão
G7
E tiraram a morena pra dança
F C
Era polca, valsinha e vaneira
G7 C
E eu aos pouco, perdendo a esperança.
F
Cosa braba é tocar um baile inteiro
C
Sem campear um namoro que seja !
Dm
Quando um toca, alguém se adeverte
G7 Gm C7
Sobra pouco, pra quem mais forceja.
F
Mas então o que e bom se termina
C
E a morena, eu bem vi, foi embora...
D7
Foi comigo, num pingo gateado
G7 C
Pra escutar minhas vaneira lá fora...