Tom: A
Introdução:
A Dm
Morava sem muito luxo
A
Quase na beira da sanga
Bm
Era vizinha da tuna
E7 Dm A
Do cardo e da japecanga
A Dm
E tinha por seu costume
A
Adoçar simples desejos
Bm
Pois quando um homem passava
E7 Dm A
Na boca lhe dava um beijo
Bm
Tinha a pureza estampada
D E7
Sob o semblante do rosto
Bm
E embora moça direita
D E7
Muitos provaram seu gosto
D
E assim passava seus dias
A
Sempre de trás da cancela
D
Dando o seu doce pra tantos
A
Sem deixar de ser donzela
Dm
E assim passava o aroma,
Am
Seduzindo em cor tão bela
Dm
Junto ao vívido vermelho
A Bm E7
Nas bordas do corpo dela
A Dm
Se espalhava pelo vento
A
Embalada em seus perfumes,
Bm
Feitiço pra muitos tantos
E7 Dm A
Principiando os ciúmes
A Dm
Lindeira, igual a tantas
A
Num viver dependurada
Bm
Esperando um moço certo
E7 Dm A
Que lhe colhesse adoçada
Bm
Já lhe quiseram impura
D E7
Com mistérios e artimanhas
Bm
Já foi motivo de amores
D E7
Afogada numa canha
D
E quando o inverno chegou
A
Seu rancho virou tapera
D
O doce se foi embora
A
Deixando o amargo da espera
Dm
E quem no inverno passou
Am
E achou seu rancho tapera,
Dm
Não se preocupe a pitanga
A Bm E7
Voltará na primavera!