Tom: A
Introdução:
A E
Venho assoviando uma coplita,
A
Que se desprende da minha alma...
E
Ao trote manso, na noite calma,
A
Quisera eu, ser chamarrita.
A E
Tenho uma dama que está distante,
A
Ficou nas casas cuidando o ninho...
E
Eu saltei cedo e abri caminhos
A
Com uma tropilha de égua por diante.
A7 D/F#
Rompeu o dia quando cruzei
A
O passo largo do arroio fundo,
E
O sol já vinha clareando o mundo,
A
Que era outro quando encilhei.
A7 D/F#
E a chamarrita do assovio,
A
Que não me deixa andar solito,
E
Antes que eu desse o primeiro grito,
A
Disse: "Até a volta!"... E depois sumiu.
C# F#m
Da estância velha, sou peão do posto,
C# A
Bebo o sereno do banhadal,
D/F# A
Que eu reconheço, por ser "mensual",
E A
E o que me toca, faço com gosto.
A E
Vou levantando com a manhãzita,
A
Junto ao floreio que sai da goela,
E
Gado, rebanho e algo dela,
A
Que eu deixe junto com a chamarrita.
A E
No que não tenho, tenho pensado,
A
Se me faz falta, ou não preciso,
E
Já que a fortuna daquele riso,
A
Sempre me traz de chapéu tapeado.
A7 D/F#
E quando a lida chegar ao fim,
A
Com a mesma copla bem assoviada,
E
Volto no rastro da madrugada,
A
E a chamarrita canta pra mim.
A7 D/F#
Tropilha adiante, trote "chasqueiro",
A
Arreio frouxo, serviço pronto,
E
Saudade dela me deixa tonto,
A
E o que eu mais quero é chegar ligeiro.
C# F#m
Sou peão do posto, sei que é bendita,
C# A
A minha sina que tanto prezo,
D/F# A
Aperto a cincha, pra Deus eu rezo,
E A
E pra minha prenda, uma chamarrita.