Tom: A
Introdução:
A
Meu velho um belo dia reparou
D
Meu olho gordo na porta da garagem
E
Lá dentro, bem fechado o velho opala envenenado
A E
E eu cá fora só pensando bobagem
A
E me chamou pra uma conversa um papo todo atravessado
D
Sobre farra, bebida, dinheiro e mulher!
E
E que hoje se você quiser pegar qualquer menina
A E
Meu filho, homem não pode andar a pé!
D
Mas se você tiver pensando em usar o meu carango
A
Tira logo esse olho gordo daqui
D
Se não quiser que eu te deserde
Te esfole e te degole
E
Vê se esquece e vai pra cama dormir
A
Desenganado pelo velho procurei por um emprego
D
Na oficina do meu tio Mané
E
E entre motores estragados, entre velas e arruelas
A E
Pouca grana, graxa preta e sem fé
A
Eu perdi a esperança de juntar qualquer trocado
D
Pra comprar meu próprio carro e vencer
E
E à noite já cansado eu olhava pro opala
A E
E o meu velho logo vinha dizer
D
Se você tiver pensando em usar o meu carango
A
Tira logo esse olho gordo daqui
D
Se não quiser que eu te deserde
Te esfole e te degole
E
Vê se esquece e vai pra cama dormir
A
Na sexta-feira à noite a galera ia pra farra
D
E eu lá pirado e meio fora do tom
E
E o meu velho lá sentado
Com uma cara de enfezado
A E
Regulando o velho opala marrom
A
Mas eis que de repente aconteceu
D
De o velho opala engasgar pra pegar
E
Meu pai de olho arregalado
Todo troncho e amargurado
A E
Me implorando pro seu carro arrumar
A
E só depois de meia hora com a cara enfurnada
D
No capô eu consertei o motor
E
E vi meu velho se entregando
E o chaveiro me esticando
A E
Toma aí o velho opala marrom
D
E se você tiver pensando em usar o meu carango
A
Pra sair com a turma e se divertir
D
Desaparece aí no vento que eu logo me arrependo
E
Toma a chave e some logo daqui
A
Na sexta-feira à noite eu fui pra farra com a galera
D
Alucinado e meio fora do tom
E
E eu pensando no meu velho
Lá na porta da garagem
A E A
Me entregando o velho opala marrom