Tom: D
Introdução: D D7M D6 D D F#m F(#5) Em A7
D
Noite de inverno, perdi o sono, pulei cedo fui
A7
Pro galpão matear um pouco, ainda escuro
Em Em/D A7
O fogo morto reacendi de prontidão
G A7 D
Mal fumaceava o velho angico, cerne puro
O douradilho, pingo bueno, crina grande,
D7 G
Deu um relincho que ecoou na estrabaria
Bb° C#° D
Como querendo me dizer: buenas, parceiro
A7 D Dm
Que estava pronto pra lida de mais um dia
Dm A7 Dm
Nas horas ternas quando o mate é companhia
Bb7 A7
Os olhos pesam na direção do porongo
A pampa dorme, mateio muy pensativo
Dm
E o amanhecer parece mesmo muito longo
Mas, num repente, meu velho me dá “bom dia!”
D7/C D7 Gm
Lhe peço benção, puxo um banco e um pelego
Gm6 Dm
Lá vai um mate novinho, recém cevado
A7 D D7M
Sorva com calma, pois tá bom esse aconchego
D6 D7M D
(Mas, se quiser saber da vida, meu parceiro,
A7
Da experiência e da ilusão, que vem e vai
É nessa hora, frente a frente, que um campeiro
D D7M
Abraça o filho com orgulho de ser pai
D6 D7M D
Mas, se quiser saber da vida, meu parceiro,
A7
Da experiência e da ilusão, que vem e vai
É nessa hora, frente a frente, que um campeiro
D D7M
Abraça o filho com orgulho de ser pai)
D
Na prosa mansa eu contemplo as cicatrizes
A7
Que o tempo maula no seu rosto desenhou
Em Em/D A7
E, bem disposto, ele me fala das tropeadas
G A7 D
E das jornadas que sempre desempenhou
É lindo ver como se sente quando eu falo
D7 G
De tantas coisas que não sei e lhe pergunto
Bb° C#° D
Sua experiência, enquanto a cuia vai e volta,
A7 D Dm
Se vem à tona, descrevendo cada assunto
Dm A7 Dm
Essa é a vida de um campeiro de outras eras
Bb7 A7
Que está sentado em minha frente nessa hora
E ele, por vezes, fica até se repetindo
Dm
Remoe saudade da tropa que foi-se embora
Já não lhe resta, a não ser velhas lembranças
D7/C D7 Gm
De todo tempo que viveu meio a trompaço
Gm6 Dm
Trançando bem, até faz relho e alguma
A7 D D7M
Corda pois é dos poucos que ainda emenda um laço
A7 D
Abraça o filho com orgulho de ser pai
A7 D
Abraça o filho com orgulho de ser pai