Tom: E
Introdução:
Eb Bb7 Eb
Abre a cordeona gaiteiro, deixa de manha
Bb7
Me dá um trago da tua canha, porque esta é de barril
Toca uma marca daquelas bem caborteira
Eb
Com sotaque da fronteira, lá do garrão do Brasil
Toca gaiteiro que tu é dos bons, percebo
Bb7
Enquanto tu toca eu bebo, comigo não tem mistério
Quero dançar, mas me encabula e me apavora
Eb
E enquanto não chega a hora, mais um trago pro gaudério
Bb7
(Bebo a vontade, gasto os pilas e me desfalco
Eb
E passo a noite solito, dançando em frente do palco
Bb7
O povo todo ri, me chamam de lacaio
Eb
Vêem os tragos que eu bebo não vêem os tombos que eu caio)
Int.
Bb7
Nem o meu caminho eu acho, reconheço que eu tô feio
Saio pra fora e até com os parceiro resingo
Eb
Nem mesmo meu próprio pingo, deixa eu chegar nos arreios
Sigo agarrando na parede, palmo e passo
Bb7
Tropicando num balaço, vou mais ou menos assim
Cabeça zonza e as pemas frouxas, me atrasa
Eb
Termina o canto da casa e acaba o mundo pra mim
E B7E
Chego na estância, manhã de segunda-feira
B7
O capataz lá na mangueira e manda encilhar o xaveco
É um burro zaino e prá montar nele me custa
E
Dá um coice faz que se assusta e sai vendendo meus tareco
A lida é braba, mas eu gosto desta vida
B7
Não pode é faltar bebida, pra quem bebe a revelia
Gaiteiro bom toca de ouvido a noite inteira
E
E pra farrancho e borracheira, nunca faltou parceria
( )Int.