Tom: G
Introdução:
G D7 G
Eram quatro e meia passava um pouquinho, o fosco clarinho rasgava o varjão
D7 G
Era o trem noturno que vinha apontando, e logo parando na velha estação
C Bm Am D7
Meu corpo tremia meus olhos molhados, o meu pai do lado e a mala no chão
C G D7 G
Beijei o seu rosto e disse na hora, o mundo lá fora me espera paizão
G D7 G
Entrei no vagão corri pra janela, e a mala amarela do velho eu catei
D7 G
O trem deu partida soqueou bruscamente, e ali novamente sua mão eu beijei
C Bm Am D7
Um pouco pra diante vi minha casinha, e a minha mãezinha de pé no portão
C G D7 G
Ela não me viu e do trem na corrida, ouvi as latidas do velho sultão
G D7 G
Um certo senhor da poltrona vizinha, dizia que vinha do paranazão
D7 G
Me disse também num jeito cortes, é a primeira vez que deixo o sertão
C Bm Am D7
Pedi seu conselho e ele me disse, seu moço a velhice é dura demais
C G D7 G
Eu sou bem mais velho e posso aconselhar, é duro ficar distante dos pais
G D7 G
Eu nunca esqueci o que o velho falou, o tempo passou e pra casa voltei
D7 G
Quem fica distante jamais se conforma, lá na plataforma meus pais avistei
C Bm Am D7
Desci comovido abracei ele e ela, e a mala amarela meu filho eu não vi
C G D7 G
Meu pai acredite na fala de um homem, pra não passar fome a mala eu vendi
A D A D
Que pena, que pena era minha lembrança, que eu trouxe de herança do seu avó
C G D7 G
Mas deixa pra lá eu vou me esquecer, a herança é você e você já voltou
C G7
Me disseram que ela foi vista com outro
C
Num fuscão preto pela cidade a rodar
G7
Bem vestida igual a dama da noite
F C
Cheirando álcool e fumando sem parar
G7
Meu Deus do ceu diga que isto é mentira
C
Se for verdade me esclareça por favor
G7
Daí a pouco eu mesmo vi o fuscão
F G7 C
E os dois juntos se desmanchando de amor
G7 F
Fuscão preto, você é feito de aço
C
Fez o meu peito em pedaços
G7
Também aprendeu a matar
F
Fuscão preto, com o seu ronco maldito
C F
Meu castelo tão bonito
G7 C
Você fez desmoronar