Tom: D
Introdução:
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Antigamente nem em sonho existia
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Tantas pontes sobre os rios nem asfalto nas estradas
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A gente usava quatro ou cinco sinueiros
G A7 D D7
Prá trazer os pantaneiros no rodeio da boiada
G D
Mas hoje em dia tudo é muito diferente
Em
O progresso nossa gente
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Nem sequer faz uma idéia
G A7 D
Que entre outros fui peão de boiadeiro
G A7 D
Por esse chão brasileiro, os heróis da epopéia
A7 G D G
Tenho saudade de rever nas currutelas as mocinhas
A7 D
Nas janelas acenando uma flor
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Por tudo isso, eu lamento e confesso
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Que a marcha do progresso é a minha grande dor
G D
Cada jamanta que eu vejo carregada
Em A7 D D7
Transportando uma boiada já me aperta o coração
G A7 D G
E quando eu olho minha tralha pendurada de tristeza
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Dou risada prá não chorar de paixão
A7 G D
O meu cavalo relinchando campo afora
G A7 D
Certamente também chora na mais triste solidão
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Meu par de esporas, meu chapéu de aba larga
G A7 D D7
Uma bruaca de carga, o berrante e o facão
G D
O velho basto o meu laço de mateiro
Em A7 D D7
O polaco e o cargueiro o meu lenço e o gibão
G A7 D
Ainda resta a guaiaca sem dinheiro
G A7 D
Deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão
A7 G D
Não sou poeta, sou apenas um caipira
G A7 D
E o tema que me inspira é a fibra de peão
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Quase chorando meditando nesta mágoa
G A7 D D7
Rabisquei estas palavras e saiu esta canção
G D
Canção que fala da saudade das pousadas
Em
Que já fiz com a peonada
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Junto ao fogo de um galpão
G A7 D
Saudade louca de ouvir um som manhoso
G A7
De um berrante preguiçoso
D A7 D
Nos confins do meu sertão